Jovens pesquisadores apresentam projetos de iniciação científica no Serviço Florestal Brasileiro
- Publicado: Segunda, 09 de Setembro de 2019, 11h23
- Última atualização em Segunda, 09 de Setembro de 2019, 11h23
Por: Serviço Florestal Brasileiro
A ação é uma iniciativa do Laboratório de Produtos Florestais com apoio financeiro do CNPq.
O IX Seminário de Iniciação Científica do Serviço Florestal Brasileiro aconteceu na manhã de sexta-feira (6/9), no auditório da Cenaflor (Centro Nacional de Apoio ao Manejo Florestal). Cinco jovens cientistas apresentaram seus trabalhos para uma banca examinadora composta por profissionais com destaque acadêmico no campo das Ciências da Madeira. O objetivo desta iniciativa é disseminar a pesquisa em ciência florestal e propiciar a capacitação de jovens universitários, oferecendo-lhes a oportunidade de se tornarem profissionais especialistas nos temas de interesse do Serviço Florestal Brasileiro.
Os trabalhos apresentados foram orientados por pesquisadores do Laboratório de Produtos Florestais (LPF) do Serviço Florestal. A participação no PIBIC (Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica) é aberta a todos os servidores do órgão que tenham titulação em nível de doutorado, bastando para isso apresentar uma proposta de pesquisa. Os projetos apresentados são avaliados por profissionais de universidades e institutos de pesquisa, especializados em Ciências da Madeira. Esses profissionais, utilizando critérios específicos, selecionam as propostas que serão agraciadas com a bolsa de iniciação científica. Essas bolsas são financiadas pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e são habilitadas a cada 2 anos. Atualmente, o PIBIC do Serviço Florestal conta com 5 bolsas de iniciação científica.
Segundo o Coordenador Institucional de Iniciação Científica do Serviço Florestal Brasileiro, Fernando Gouveia, uma comissão julgadora, formada por pesquisadores externos, avalia os projetos inscritos no Programa de Iniciação Científica quanto à qualidade da proposta de pesquisa, caráter inovador e estrutura da metodologia proposta. Os trabalhos apresentados neste seminário referem-se ao período de 2018/19 e foram desenvolvidos no Laboratório de Produtos Florestais. Para Gouveia, “uma das funções do LPF é ampliar o conhecimento do país sobre as diversas espécies de madeira, tornando-as mais conhecidas, e assim, aumentar a disponibilidade e oferta de produtos florestais no mercado. Desta forma, acreditamos que podemos contribuir para que o Serviço Florestal atinja seu objetivo de promover o uso sustentável do recurso florestal no país”.
O diretor de Pesquisa e Informações Florestais do Serviço Florestal, Joberto Veloso, destacou durante a abertura do evento que o Laboratório de Produtos Florestais rabalha com pesquisa de produtos florestais há mais de 40 anos. Nesse período, uma das ações paralelas do Laboratório foi fazer essa transferência de conhecimento aos jovens cientistas. Joberto destacou que alguns pesquisadores do próprio LPF tiveram a oportunidade de iniciação científica como estudantes, dentro do próprio laboratório, depois se tornaram pesquisadores. “Para um estudante que está entrando na carreira florestal é muito importante ter essa iniciação científica que, muitas vezes, define o futuro dele como pesquisador na área de produtos florestais. Além disso, amplia as pesquisas do LPF e do Serviço Florestal e estabelece o papel social de estimular a formação de jovens”, conclui.
Pelo terceiro ano consecutivo durante o seminário, é escolhido um universitário que teve a melhor avaliação da banca examinadora nos quesitos de melhor trabalho científico e apresentação oral. Este ano a aluna de Engenharia Florestal da Universidade de Brasília, Isabella de Andrade Sá recebeu o prêmio de melhor desempenho. O tema de sua pesquisa foi “Avaliação de resíduos de uma concessão florestal na Amazônia para produção de pellets em conformidade com a norma ISO 17225-2”. Para a bolsista, “a iniciação científica é fundamental ainda na graduação não só porque é um complemento do que se aprende na universidade, mas também é uma forma de sair daquele mundo e conhecer o que está sendo feito no Brasil, o que o mundo está esperando nessa área em que atuamos”.
Segue abaixo a relação dos trabalhos apresentados no IX Seminário de Iniciação Científica do Serviço Florestal Brasileiro e respectivos autores:
Potencial dos extratos de Pterodon abruptus e Diptychandra aurantiaca como preservante natural de madeira - Marcus Vinícius Coimbra Passos
Avaliação de resíduos de uma concessão florestal na Amazônia para produção de pellets em conformidade com a norma ISO 17225-2 - Isabella de Andrade Sá
Comparação da performance de três aparelhos portáteis de infravermelho próximo, visando utilização em campo para identificações de madeira mogno - Priscila Veras dos Anjos Lopes
Aplicação de ácido cítrico como agente hidrofóbico em painéis de partículas de média densidade (MDP) - Rafael Romão Rodrigues
Eletrorremoção de metais pesados em madeiras tratadas com Arseniato de Cobre Cromatado – CCA - Luana Candaten
Fonte: SFB